Planos para menores (www.previdenciainfantil.com.br) atingiu a marca de R$ 303,4 milhões, alta de 67,5%. A perspectiva de que os brasileiros terão que contribuir cada vez mais para o sistema de previdência pública, sem a certeza de receber o dinheiro de volta no futuro, continua sendo um dos principais impulsionadores para as vendas de planos de previdência complementar, mas por pouco tempo.
Por conta dos benefícios fiscais, além da sucessiva diminuição da rentabilidade dos fundos de renda fixa, a população começa a enxergar a previdência privada como opção de investimento de médio e longo prazo, independentemente da aposentadoria.
Prova disto é o crescimento das reservas - recursos acumulados pelos participantes do sistema de previdência de todos os produtos - chegou a R$ 101,1 bilhões até março de 2007, crescimento de 24,54%. A captação total foi de R$ 6 bilhões, alta de 20%. Os planos contratados em nome de filhos ou netos tem tido um dos melhores desempenhos. No primeiro trimestre deste ano, a captação dos planos para menores atingiu a marca de R$ 303,4 milhões, alta de 67,5%.
A principal meta do presidente da Federação Nacional das Empresas de Previdência Privada e de Vida (Fenaprevi), que acaba de assumir o comando da entidade, é ajudar o mercado de previdência aberta e de seguro de vida a deslanchar. "Queremos viabilizar seguros de vida para a população de baixa renda e tornar os planos de previdência mais acessíveis para as pequenas e médias empresas".
Existe uma forte demanda por poupança de longo prazo e o produto cumpre a função de realizar sonhos, seja ele qual for. Para ele, o Brasil deve seguir o exemplo de mercados maduros, como o norte-americano, onde existem produtos bastante específicos, como os destinados a cobrir despesas educacionais e também de saúde.
Outra tendência será a criação de produtos com serviços agregados, a exemplo do que já existe em outras modalidades. "Temos um seguro de vida específico para as mulheres, com coberturas para doenças como câncer de mama. Estamos pensando em um plano de previdência com características parecidas".
Apesar de utilizarem roupagens diferenciadas, os planos de previdência voltados para fins específicos possuem estrutura parecida. Em geral, são PGBLs (Plano Gerador de Benefício Livre) ou VGBLs (Vida Gerador de Benefício Livre), produtos que se diferenciam basicamente pela forma de tributação. Enquanto no PGBL é possível deduzir o valor das contribuições até o limite de 12% da renda bruta anual, no VGBL a tributação incide sobre o ganho de capital.
O que tem mudado bastante no mercado é o perfil dos participantes. "As mulheres estão em ascensão. Em 2006 elas eram 39% e hoje já são 42% dos clientes", diz o vice-presidente da Bradesco Vida e Previdência, Marco Antônio Rossi.
A queda da faixa etária é outro fenômeno recente. "Temos clientes com idade entre 20 e 25 anos, que estão no primeiro emprego. Há pouco tempo isto não existia".
Outra aposta das seguradoras que atuam no mercado de previdência são os planos corporativos, especialmente os voltados para médias empresas. Diversas companhias estão reforçando os esforços para este público, que até então vinha sendo praticamente ignorado. A estratégia, neste caso, é oferecer, por meio do departamento de recursos humanos das empresas, vantagens que os funcionários não encontrariam na rede de distribuição tradicional. "Estamos trabalhando com este público há cerca de um ano e para isto estruturamos um núcleo de atendimento específico".
Segundo dados apurados pela Fenaprevi, os planos corporativos captaram R$ 1,1 bilhão nos três primeiros meses de 2007, o que representa uma elevação de 24% em relação a igual período de 2006. "Temos duas grandes metas para este ano: aumentar a carteira do público de alta renda e melhorar nossa inserção entre as empresas. "O principal apelo para os empregadores é a retenção de talentos".
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