segunda-feira, 18 de junho de 2007

Baixa nos preços deve reduzir área de algodão no Brasil

A próxima safra brasileira de algodão, a ser colhida em 2008, deve ser 10% menor que a deste ano, se os preços internacionais permanecerem nos níveis atuais, disse o vice-presidente da Anea (Associação Nacional dos Exportadores de Algodão). O principal desestímulo à produção vem do aumento de custos de 25 por cento este ano, com a alta dos fertilizantes e a valorização do real, disse ele em um seminário sobre o mercado de algodão.

"Esperamos uma queda de 10%, mas se o preço subir poderia haver uma recuperação da área (para o nível deste ano)", acrescentando que não acredita em expansão de plantio. O preço do algodão atualmente está em torno de 55 centavos de dólar por libra-peso na bolsa de Nova York. Segundo Esteve, a média histórica é de 70 centavos. O executivo afirmou que, apesar da possível redução na safra, as exportações de algodão em 2008 devem subir para 500 mil toneladas, contra 400 mil neste ano, por conta da maior oferta do produto em 2007.

No primeiro semestre de cada ano, os exportadores normalmente embarcam a safra no ano anterior. A colheita de aldogão da safra 2006/07 começou no final de maio no principal produtor brasileiro, o Mato Grosso. A Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) estima uma produção na atual temporada de 1,45 milhão de toneladas da pluma, contra 1 milhão de toneladas em 05/06.

Esteve afirmou ainda que cerca de dois terços da atual safra já foram comercializados pelos produtores brasileiros, praticamente o mesmo nível de igual período de 2006. Além disso, segundo ele, já foram vendidos 40 por cento da safra 2008, e 20 por cento da de 2009, para tradings ou indústrias.

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