A Conab informa que a área cultivada de algodão é de 1,09 milhão de hectares, alta de 27,2% em relação à safra anterior (232,5 mil hectares). O referido incremento foi motivado pelos baixos preços da soja e do milho na época da implantação dessas culturas, o que estimulou os produtores a migrarem para o algodão. Por outro lado, nos estados de São Paulo e Paraná, o algodão cedeu área para a cana-de-açúcar. Nesses estados, o algodão é cultivado, em sua grande maioria, por pequenos produtores que comercializam o produto sem beneficiamento (algodão em caroço), resultando numa remuneração pouco atrativa. Já no Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco a retração ocorreu em função dos preços não remuneradores. No Distrito Federal a área cultivada com algodão foi reduzida de 2,9 para 1,6 mil hectares.
A produção nacional de algodão em caroço é de 3,75 milhões de toneladas, sendo que 38,9% (1,46 milhão de toneladas) é de pluma e 61,1% (2,29 milhões de toneladas) é de caroço de algodão. Essa produção supera em 37,6% (1,02 milhão de toneladas) a da safra anterior. Do total produzido, o Mato Grosso participa com 54,3% (2.034,0 mil toneladas), a Bahia com 26,7% (1.001,2 mil toneladas), o Goiás com 6,6% (248,5 mil), o Mato Grosso do Sul com 4,2% (159,2 mil toneladas, Minas Gerais com 2,7% (100,0 mil toneladas), São Paulo com 2,1% (80,3 mil toneladas) e os demais estados com 3,4% (123,9 mil toneladas).
O clima está afetando as lavouras nos estados de Mato Grosso do Sul e Goiás e na região Nordeste, exceto na Bahia, enquanto que nos estados do Mato Grosso, Minas Gerais, São Paulo o clima é favorável e nos demais a produtividade permaneceu no mesmo patamar. Em relação ao levantamento anterior, maio/07, verifica-se um incremento de 1,1% (42,2 mil toneladas) na produção em função do aumento de 0,23% na produtividade, que passou de 3.434Kg/ha para 3.442Kg/ha, e de pequeno ajuste na área de 0,9%, passando de 1078,9 ha para 1.088,7ha.
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