sexta-feira, 29 de junho de 2007

Captação de Previdência Privada cresce 41,38% em Abril - PGBL VGBL

O mercado de previdência complementar continua dando sinais de crescimento sustentado em 2007, na esteira do crescimento da economia. Dados da Fenaprevi (Federação Nacional de Previdência Privada e Vida), entidade que sucedeu a Anapp e que conta com 83 associados, apontam que a captação no mês de abril atingiu a marca de R$ 2,1 bilhões, o que representou um avanço de 41,38% na comparação com o mesmo mês de 2006, quando foi captado R$ 1,486 bilhão.

Essa marca foi impulsionada pelo VGBL, que cresceu 48,39%, passando de R$ 961,5 milhões para R$ 1,426 bilhão entre abril de 2006 e abril de 2007. O VGBL é o produto indicado para o investidor que não declara imposto pelo modelo completo.

O PGBL – produto ideal para quem declara imposto de renda, uma vez que permite deduzir até 12% do montante a ser pago à Receita Federal - teve uma captação de R$ 317,5 milhões, o que representa uma queda de 3,79% em relação a abril de 2006, quando o volume de novas contribuições chegou a R$ 330 milhões.

Porém, o grande destaque do mês ficou por conta dos planos tradicionais – que garantem rendimento do IGP-M mais taxa de juros de 6%, mas que praticamente não são mais comercializados pelas seguradoras. A captação dessa modalidade de planos cresceu 84,69% entre abril de 2006 e abril de 2007, passando de R$ 192,6 milhões para R$ 355,9 milhões no período. Os outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) captaram R$ 745 mil (queda de 60,56% na comparação com abril de 2006, quando foram captados R$ 1,889 milhão).

Em relação à participação no volume de contribuições por tipo de plano, o VGBL lidera o ranking, com 67,91% do total, seguido pelo PGBL, com 15,12% do total, seguindo por planos tradicionais, com 16,94% do total de novas contribuições. Os outros planos tiveram captação irrisória.

Por tipo de plano

Os dados da Fenaprevi mostram que em abril, os planos para menores registraram o melhor desempenho do período, com crescimento de 138,71%, consolidando captação de R$ 134,801 milhões contra captação de R$ 56,471 milhões registrada em abril de 2006.

Os planos individuais captaram, por sua vez, R$ 1,574 bilhão em abril deste ano contra R$ 1,212 bilhão no mesmo mês de 2006, com alta de 29,86%. Os planos corporativos tiveram alta de 80,45% na captação no período. Em abril de 2007, o volume de novos depósitos nessa categoria somou R$ 391,3 milhões, contra volume de R$ 216,9 milhões registrado no mesmo mês de 2006.

Os planos individuais confirmaram a maior fatia de participação na captação dos recursos de previdência, com 74,96% do total. Os planos empresariais contribuíram com 18,63% do total de captação, enquanto aqueles destinados a menores de idade perfizeram 6,42% do total captado durante abril de 2007.

QUADRIMESTRE – JANEIRO A ABRIL

De janeiro a abril, foram captados R$ 8,078 bilhões, o que representou um crescimento de 25,08% na comparação com o mesmo período de 2006, quando o mercado captou R$ 6,458 bilhões, segundo o balanço da Fenaprevi. No período, a captação de VGBL cresceu 34,58%, passando de R$ 4,035 bilhões no período entre janeiro e abril de 2006 para R$ 5,430 bilhões no mesmo período de 2007.

Já o PGBL captou R$ 1,431 bilhão, o que representa uma variação positiva de 0,61% em relação ao registrado no primeiro quadrimestre de 2006, quando atingiu a marca de R$ 1,423 bilhão.

A captação dos planos tradicionais cresceu 22,26% no período, alcançado o patamar de R$ 1,212 bilhão até abril de 2007, contra R$ 991,6 milhões captados no mesmo período de 2006. Os outros produtos de previdência (FAPI, PGRP e VGRP) captaram R$ 4,190 milhões (queda de 53,42% na comparação com o acumulado até abril de 2006, quando foi captado R$ 8,995 milhões).

Em relação à participação no volume de contribuições por tipo de plano, o VGBL lidera o ranking, com 67,22% do total, seguido pelo PGBL, com 17,72% do total, seguindo por planos tradicionais, com 15,01% do total de novas contribuições. Os outros planos tiveram participação de 0,05%.

Por tipo de plano

Os dados da mostram que, no primeiro quadrimestre de 2007, os planos para menores cresceram 84,51%, consolidando captação de R$ 438,3 milhões, contra R$ 237,54 milhões auferidos no mesmo período de 2006.

Os planos corporativos captaram, por sua vez, R$ 1,502 bilhão no período contra R$ 1,111 bilhão no primeiro quadrimestre de 2006, com alta de 35,19%. Os planos individuais também tiveram um bom desempenho no período, com alta de 20,13% na captação. No primeiro quadrimestre de 2007, o volume de novos depósitos nessa categoria somou R$ 6,138 bilhões, contra R$ 5,110 bilhões registrados no primeiro quadrimestre de 2006.

Os planos individuais confirmaram a maior fatia de participação na captação dos recursos de previdência, com 75,98% do total. Os planos empresariais contribuíram com 18,59% do total de captação, enquanto aqueles destinados a menores de idade perfizeram 5,43% do total captado no primeiro quadrimestre de 2007.

RESERVAS

Em relação a todos os produtos de previdência complementar, o nível de reservas técnicas – recursos acumulados pelos participantes do sistema de previdência complementar – chegou a R$ 103,130 bilhões até abril de 2007, um crescimento de 25,49% na comparação com o mesmo período do ano anterior, quando esse indicador atingiu R$ 82,185 bilhões. O dado é acumulado desde o início da série.

Segundo o balanço de abril, o VGBL passou a compor 44,38% do total de recursos depositados em previdência complementar aberta no país. O PGBL representou 28,45% do total e os planos tradicionais, 26,67% do total acumulado desde o inicio da série. Outros produtos respondem por 0,5% do total de receitas.

CARTEIRA

Em relação à carteira de investimentos - que inclui as reservas técnicas, as reservas livres, o capital de seguradoras e outros valores - o mercado de previdência complementar cresceu 25,85% em março em relação ao mesmo mês do ano anterior. Com isso, a carteira do setor acumulou R$ 109,7 bilhões enquanto, em abril de 2006, o valor verificado era de R$ 86,6 bilhões. Os dados são acumulados desde o início da série.

A carteira de investimentos em previdência ficou dividida na seguinte forma: planos tradicionais, com 30,73% do total; VGBL, 41,79% do total e PGBL, 27,01%. Os outros produtos somaram 0,47% do total da carteira de previdência.

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