terça-feira, 2 de junho de 2009

Seguro para vítimasdo AF447 pode atingir US$ 750 milhões

O avião da Air France (AF 447) que desapareceu ontem 01/06/2009 tem Seguro feito pela seguradora francesa AXA. A cobertura inclui o casco do avião e todos os danos causados a terceiros, nesse caso, os passageiros.

A indenização da apólice para as possíveis vítimas varia de US$ 500 milhões a US$ 750 milhões, informaram especialistas do mercado de seguros ouvidos pelo Valor .

A apólice também cobre o casco do avião (um Airbus 330), estimado em US$ 100 milhões. O avião foi construído em 2005 e a última manutenção ocorreu em abril. O seguro feito pela AXA foi colocado no mercado de Londres, o maior do mundo em oferecer coberturas para apólices de grandes riscos.

O acidente pode mexer com os preços do seguro para o setor aéreo, pois os número de acidentes aéreos tem aumentado e o mercado está mais cauteloso desde o acidente com o vôo da US Airways, que fez pouso forçado no rio Hudson em Nova York em janeiro. Todos os passageiros sobreviveram, mas o casco teve perda total. Além disso, há a crise financeira e tem seguradoras que não estão aceitando alguns riscos do setor aéreo.

Das apólices do setor aéreo mundial, 12% vencem em Julho e podem ser afetadas na renovação.

O grosso dos contratos, no entanto, se encerra em Dezembro e, segundo os especialistas, ainda é cedo para saber o tamanho do impacto nos preços. Com a crise financeira, as seguradoras e resseguradoras já estão mais cautelosas e avessas ao risco. Na cobertura de responsabilidade civil (danos a Terceiros) o passo seguinte no caso do avião da Air France é o cálculo das indenizações de cada passageiro, que depende de uma série de fatores. Não se define um preço pela vida, o que se calcula é um valor para a sobrevivência dos familiares da pessoa que morre em um acidente.

No Brasil, o valor da indenização é calculado pela soma do valor de 500 salários mínimos mais dois terços do último salário da pessoa multiplicado pelo número de meses que falta para ela completar 65 anos. Tudo dependerá de onde vai correr o processo, se na Justiça Brasileira ou Francesa.

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