segunda-feira, 23 de julho de 2007

Previdência Privada: quanto antes começar, melhor

O leitor já deve ter entendido um raciocínio fundamental: quanto mais cedo começar a poupar em um plano de Previdência Privada complementar mais terá acumulado na fase da aposentadoria. Já deve ter lido também que a previdência pública está à beira de um colapso e quando chegar a sua hora de descansar e aproveitar a vida na velhice é possível que as dificuldades sejam ainda maiores, em razão dos déficits acumulados sempre crescentes. Também já sabe que para quem começa um plano de previdência cedo os aportes necessários para uma aposentadoria tranqüila são bem menores que os das pessoas que começam a se preocupar com isso com idade mais avançada. Então, caro leitor, você já recebeu as informações básicas para começar um plano de previdência privada complementar. Se não o fez ainda é porque suas dúvidas são mais sofisticadas.

Deve estar avaliando, por exemplo, que muitas empresas, inclusive algumas do setor financeiro, não têm uma vida tão longa quanto a dos anos que faltam para a sua aposentaria ser paga. E se o seu dinheiro poupado com tanto suor sumir junto com a empresa? Quero informar que isso é impossível. Existem regras que garantem ao investidor que o contrato assinado será cumprido. O seu dinheiro não irá se misturar com o da empresa de previdência e estará sempre a sua disposição, mesmo que a empresa deixe de existir.

Você pode se perguntar também se um plano com 100% de investimento em renda fixa vai render o suficiente para realizar os objetivos esperados no seu plano previdenciário. Faz todo sentido, visto que ainda não inventaram uma bola de cristal boa o suficiente para prever os altos e baixos da economia brasileira. Mas não se preocupe, os planos VGBL e PGBL, que são os planos de previdência mais comuns, possibilitam que você altere a composição da carteira sempre que achar necessário. Assim é possível optar por diversas combinações entre renda fixa e variável de forma a buscar a melhor rentabilidade, sempre que assim o desejar.

E se porventura você estiver insatisfeito com o atendimento e/ou performance dos administradores da sua instituição poderá levar o seu plano para outra, sem maiores complicações e sem custos. É a chamada cláusula da portabilidade. A única exigência é uma carência de 60 dias da data do início de seu plano de previdência, com intervalos de 60 dias entre uma transferência e outra.

No PGBL (Plano Gerador de Benefício Livre), você pode deduzir o valor das contribuições da sua base de cálculo do Imposto de Renda, até o limite de 12% da sua renda bruta anual. Com isto, você reduz o imposto a pagar ou ainda poderá aumentar sua restituição. Mas esse beneficio fiscal só é vantajoso para quem faz a declaração pelo formulário completo e esta é a principal diferença destes dois produtos, pois o VGBL (Vida Gerador de Benefício Livre) é mais indicado para quem faz declaração simplificada ou não é tributado na fonte, como autônomos e profissionais liberais.

Há ainda uma variada gama de combinações entre planos de previdência e seguros de vida que podem garantir tranqüilidade a você e sua família em qualquer situação.

A previdência privada é tão ampla e permite tantas possibilidades que se transformou em matéria de sala de aula, onde se debate também seu papel social , sua contribuição para a poupança de longo prazo e para o desenvolvimento econômico do País. Nas universidades, o assunto começa a crescer como tema de pesquisas. Essas pesquisas e monografias são as informações mais apuradas sobre previdência privada, sob a luz da ciência. Uma oportunidade para conhecê-las é por meio do concurso de monografias de previdência privada complementar lançado pela Academia Nacional de Seguros e Previdência (ANSP). Ao promover este desafio aos universitários, a ANSP espera estar contribuindo para a disseminação da cultura da previdência, bem como estudar e incentivar a pesquisa dessa indústria tão importante para o desenvolvimento do nosso País.

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